Supremo - A Era de Ouro (de Alan Moore)
12 Razões para Amá-la
JBC:
Inu-Yasha#95
Love Junkies#40
Full Metal#10
Reparem no pobre Inu-Yasha...são tantas aventuras
que na ed. 95 está chorando lágrimas de sangue!!
E agora a reportagem:
Dois ótimos lançamentos
Rober Machado
Maakies
A editora Zarabatana Books estreou no mercado em novembro passado, mesmo com poucos títulos até agora, chama a atenção pela qualidade dos mesmos e pelo bom trabalho editorial realizado. Seu novo lançamento é Maakies, a cultuada obra de Tony Millionaire. Com certeza, um dos melhores do ano.
Maakies é estrelada por um corvo bêbado chamado Drinky Crow e por um macaco igualmente alcoólatra, o Tio Gabby. Ambos vivem num navio e possuem fortes tendências suicidas. Muitas vezes cometem suicídio mesmo e na tira seguinte tudo está normal novamente. Se é que dá para chamar de normal as inúmeras situações surrealistas que vivem. Em cada tira, o navio é diferente, às vezes em épocas diferentes. O tom politicamente incorreto impera, o humor negro é constante, o nonsense é comum e há momentos de bela poesia. A alternância entre o poético e a escatologia pode ser de um quadro para outro. Como diz a apresentação da obra, é uma junção entre Baudelaire e Bukowski.
O desenho de Millionaire lembra o de tiras clássicas como Popeye, de E. C. Segar, e Krazy Kat, de George Herriman. Cada tira possui um bônus, uma pequena tira de rodapé, sem personagens fixos, e ao fundo dessa tira há uma paisagem. Invariavelmente há um pequeno rebocador em algum lugar da tira.
A bela edição da Zarabatana reúne 200 tiras (há material para mais dois álbuns) e traz uma advertência na contracapa: “Aprecie com moderação”. Uma boa ironia em relação ao conteúdo etílico das tiras, mas também serve de aviso para ler o álbum aos poucos, apreciando cada momento, para evitar uma overdose.
Maakies já ganhou uma versão animada em quadros do programa Saturday Night Live e deve estrear seu próprio desenho no Cartoon Network, com o título de The Drinky Crow Show.
Tony Millionaire é o pseudônimo do americano Scott Richardson, nascido em 1956 em Boston e que cresceu na cidade litorânea de Gloucester, Massachusetts. Sua família formada por artistas, sua mãe e avôs eram pintores, seu pai um ilustrador comercial. Seu avô era amigo de Roy Crane, um desenhista que produziu tiras de jornais desde a década de 20. Foi Crane que apresentou a Millionaire tiras clássicas de sua enorme coleção e isso serviu de inspiração ao jovem, que passou a produzir tiras por pura diversão. Tony estudou pintura, mas não se formou no curso e durante vinte anos trabalhou como ilustrador.
Só começou a publicar regularmente algum trabalho no início dos anos 90, uma tira para um semanário. Também era uma época que Tony bebia muito e não tinha dinheiro. Certa vez, num bar, após desenhar Drinky Crow, um barman disse que daria uma cerveja de graça toda vez desenhasse uma tira ali mesmo. Em 1994, o jornal New York Press pediu que criasse uma tira semanal e assim surgiu Maakies, com os personagens criados no bar. Depois foi publicada no The Village Voice e vários outros jornais alternativos, com grande sucesso, conquistando diversos prêmios.
Tony Millionaire nunca explicou a razão de seu pseudônimo. A primeira referência existente a esse nome é um personagem num episódio da série Jeannie é um Gênio. Tony também disse que não irá revelar o significado da palavra “Maakies” enquanto seu avô estiver vivo. Ele tem 97 anos.
O contrato da Pixel para os selos Vertigo e Wildstorm fez um tremendo bem para o mercado brasileiro. Editoras como a Devir, que tinha o grosso de suas publicações nessa linha, viu-se obrigada a procurar outros materiais para publicar. Ao “descobrir” a americana Oni Press, uma editora de pequeno porte mas com um catálogo respeitável, a Devir contribui para aumentar a diversidade de títulos interessantes nas livrarias. Autores nunca publicados por aqui podem ser conhecidos pelos brasileiros, como Scott Morse.
A Pistola Volcanic é uma boa história de gângsters ambientada nos anos 30, os personagens enfocados são os chamados “peixes pequenos”, os chefões são somente citados, nem aparecem. A trama desenvolve-se num espaço de pouco mais de um dia, com vários personagens interessantes envolvidos. O estilo do traço é influenciado pela art déco, o formato da página é rígido, com quatro quadros horizontais em cada. A impressão com um tom sépia valorizou bastante a arte. Como o autor explica no prefácio, utilizou autênticos termos italianos que são traduzidos num divertido glossário.
Visitations é outro álbum de Scott Morse publicado pela Oni Press e que deve ser lançado pela Devir em breve. Morse tem outras obras pela Oni, como a premiada Soulwind. Também já publicou pela Dark Horse, DC Comics, Top Shelf, IDW e criou o seu próprio selo, o Crazyfish. Fora dos quadrinhos, Morse também trabalhou como diretor de arte nos desenhos A Vaca e o Frango e Eu Sou o Máximo, pelo canal Cartoon Network. Passou por outros estúdios, como a Disney e Universal, seu atual emprego é na Pixar.
Um comentário:
Pobre InuYasha? Tem de morrer logo e na pobreza, infeliz!
E todas as capas de InuYasha são idênticas, assim como as histórias, onde nada acontece. Tenho pena de quem compra, como eu. :(
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