Um filme família
Rober Machado
Vamos direto a um ponto importante: não, dessa vez a Jessica Alba não aparece só de calcinha e sutiã como no primeiro filme. Há uma outra cena envolvendo a perda das roupas dela, mas o resultado fica por conta da imaginação do espectador.
Dito isto, podemos ir ao restante do filme. Ao final da projeção pode-se dizer que é melhor que a primeira parte. Isso não é propriamente um elogio, não precisaria se esforçar muito para isso. Enquanto o filme anterior apresentava mais defeitos que pontos positivos, agora alguns desses defeitos foram atenuados (somente atenuados, não corrigidos). O roteiro está mais amarrado, dosando melhor humor e ação, mas ficou faltando o drama. Se é um filme sobre uma família, deveria haver algum drama familiar. Aí que se percebe a diferença entre um filme sobre uma família e um filme família. A opção da produção foi a segunda, um filme que pode ser visto por todos os membros familiares. Isso ficou claro quando o primeiro filme fez bastante sucesso com as crianças. Pela quantidade de cópias dubladas em cartaz pode-se notar essa intenção de agradar os pequenos.
Todo elenco do primeiro retornou e não há nenhuma diferença significativa nas suas interpretações. Apenas o Coisa que não tem tanto destaque quanto seus fãs gostariam que tivesse, mas suas cenas com o Tocha Humana continuam rendendo boas piadas. Doutor Destino também retorna, agora usando menos seus poderes, mesmo assim o ator abusa de seu principal poder: a canastrice. O grande destaque mesmo é o Surfista Prateado, muito similar a sua primeira aparição nos quadrinhos, quando pouco falava.
O primeiro encontro entre o Quarteto e o Surfista é um clássico dos quadrinhos, produzido durante a fase mais criativa de Stan Lee e Jack Kirby. É uma trama muito bem elaborada, não precisaria muitas alterações para ser adaptada para o cinema, talvez só achar uma solução mais elaborada do que o Nulificador Total. Além disso, há Galactus, um dos grandes personagens da Marvel. Para marcar sua presença imponente praticamente virou padrão que sua primeira aparição numa história é de página inteira. Era algo dessa magnitude que os fãs esperavam no cinema, não um mero efeito especial no formato de nuvem. A solução para enfrentar Galactus é tão fácil que o espectador fica se perguntando por que isso não foi feito antes? Pelo menos o Nulificador Total era melhor. Há um gancho para um possível filme do Surfista, mas dificilmente será o herói trágico e filosófico dos quadrinhos.
Tirando a parte final, o filme se sustenta pelo humor e pela ação de seu desenvolvimento. A tradicional cena com Stan Lee é a melhor que o roteirista já fez nos filmes de seus personagens. Se o primeiro era uma sessão da tarde mediana, esse já proporciona uma sessão da tarde um pouco mais divertida. Nada além disso.
Rober Machado
Vamos direto a um ponto importante: não, dessa vez a Jessica Alba não aparece só de calcinha e sutiã como no primeiro filme. Há uma outra cena envolvendo a perda das roupas dela, mas o resultado fica por conta da imaginação do espectador.
Dito isto, podemos ir ao restante do filme. Ao final da projeção pode-se dizer que é melhor que a primeira parte. Isso não é propriamente um elogio, não precisaria se esforçar muito para isso. Enquanto o filme anterior apresentava mais defeitos que pontos positivos, agora alguns desses defeitos foram atenuados (somente atenuados, não corrigidos). O roteiro está mais amarrado, dosando melhor humor e ação, mas ficou faltando o drama. Se é um filme sobre uma família, deveria haver algum drama familiar. Aí que se percebe a diferença entre um filme sobre uma família e um filme família. A opção da produção foi a segunda, um filme que pode ser visto por todos os membros familiares. Isso ficou claro quando o primeiro filme fez bastante sucesso com as crianças. Pela quantidade de cópias dubladas em cartaz pode-se notar essa intenção de agradar os pequenos.
Todo elenco do primeiro retornou e não há nenhuma diferença significativa nas suas interpretações. Apenas o Coisa que não tem tanto destaque quanto seus fãs gostariam que tivesse, mas suas cenas com o Tocha Humana continuam rendendo boas piadas. Doutor Destino também retorna, agora usando menos seus poderes, mesmo assim o ator abusa de seu principal poder: a canastrice. O grande destaque mesmo é o Surfista Prateado, muito similar a sua primeira aparição nos quadrinhos, quando pouco falava.
O primeiro encontro entre o Quarteto e o Surfista é um clássico dos quadrinhos, produzido durante a fase mais criativa de Stan Lee e Jack Kirby. É uma trama muito bem elaborada, não precisaria muitas alterações para ser adaptada para o cinema, talvez só achar uma solução mais elaborada do que o Nulificador Total. Além disso, há Galactus, um dos grandes personagens da Marvel. Para marcar sua presença imponente praticamente virou padrão que sua primeira aparição numa história é de página inteira. Era algo dessa magnitude que os fãs esperavam no cinema, não um mero efeito especial no formato de nuvem. A solução para enfrentar Galactus é tão fácil que o espectador fica se perguntando por que isso não foi feito antes? Pelo menos o Nulificador Total era melhor. Há um gancho para um possível filme do Surfista, mas dificilmente será o herói trágico e filosófico dos quadrinhos.
Tirando a parte final, o filme se sustenta pelo humor e pela ação de seu desenvolvimento. A tradicional cena com Stan Lee é a melhor que o roteirista já fez nos filmes de seus personagens. Se o primeiro era uma sessão da tarde mediana, esse já proporciona uma sessão da tarde um pouco mais divertida. Nada além disso.
4 comentários:
É um filme fraco com cara de sessão da tarde. Tive a impressão de ter ouvido o narrador da Globo dizendo: Uma família de super heróis se metendo em altas confusões com um Surfista de outro mundo!!!"
Minha maior decepção foi com o Galactus... Literalmente desperdiçaram um grande personagem.
Se voce acha decepcionante ESSE Galactus, entao ainda nao viu o dito cujo do Universo Ultimate da Marvel...
Na verdade o diretor quis fazer um Galactus assim para que ele fosse aproveitado da menira que o diretor do filme solo do Surfista quisesse. Se o diretor de lá preferir um Galactus Ultimate, poderá fazer sem a desculpa que no filme do Quarteto ele apareceu de balde na cabeça e saiote rosa e vice-versa.
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