terça-feira, janeiro 15, 2008

Retrospectiva 2007 por NETSUKE - nosso novo colaborador !!!

Retrospectiva 2007

Enfim 2008 chegou e antes que o ano de fato comece (afinal no Brasil o ano só começa realmente depois do Carnaval), vamos olhar para 2007 e ver o que as editoras fizeram de bom (e ruim) em relação a mangás. Pois é, antes tarde do que nunca!

2007 foi, sem sombra de dúvidas, o ano dos blockbusters. Mangás que já faziam sucesso em todo o mundo e na Internet chegaram em terras tupiniquins, como Bleach, Gantz, Death Note e FullMetal Alchemist. Mas nenhum desses lançamentos foi mais avassalador do que Naruto, lançado pela Panini e causando um enorme alvoroço entre os fãs. Em algumas bancas o mangá esgotou e havia até mesmo listas de espera para uma nova remessa.

E por falar em Panini, a editora italiana foi a que mais lançou mangás em 2007. Foram quinze ao total, incluindo os já citados Naruto, Bleach e Gantz. O sucesso destes títulos (e de outros lançados em anos anteriores) ajudou a trazer mangás menos esperados e/ou menos conhecidos pelos leitores, como Colégio Feminino Bijinzaka e Conde Cain. Outros lançamentos foram: Astroboy, Lodoss War (A Bruxa Cinzenta e A História de Deedlith), Princess Princess, Vampire Knight, Kil Dong, Trigun e Samurai Executor , que substituiu Lobo Solitário. Além dos one-shots Blood - The Last Vampire e Dejavu.
E se a Panini foi a melhor editora de 2007, também foi a que fez a maior burrada do ano. Quando Trigun foi lançado, lá no comecinho de Janeiro, foi planejado que seriam lançadas quatro edições de 196 páginas e assim lançaram as duas primeiras. O licenciante só foi se tocar disso quando foram enviadas as capas dos volumes 3 e 4 e exigiu que o mangá deveria ser lançado em 2 volumes de 370 páginas, como no original japonês. A Panini então lançou as duas edições conforme as exigências do contrato e alegou que devido ao enorme sucesso de Trigun, estavam lançando uma versão de luxo. O problema foi que quem tinha comprado as edições de 196 páginas e fosse comprar a edição 2 de 370 páginas (que corresponderia aos volumes 3 e 4) iria acabar ficando sem um capítulo. Os leitores lotaram a caixa de e-mail da Panini e até mesmo fizeram uma petição online pedindo um recall (enviariam as edições 1 e 2 de 196 páginas, em troca da edição 1 com 370). Depois de quase um ano sem se pronunciar sobre o caso, a editora fez um recall relâmpago no início de Dezembro. Este que vos escreve, ainda está esperando o seu mangá.
Muitas pessoas também reclamaram das onomatopéias traduzidas em Naruto, mas isso foi exigência do licenciante e a Panini nada pôde fazer a não ser concordar.

A JBC também lançou diversos títulos de peso, como Death Note, FullMetal Alchemist, Cavaleiros do Zodíaco - Lost Canvas e, para a surpresa do povo, Gravitation.
Talvez o maior acerto da JBC foi o de trazer o primeiro título yaoi para o país. Apesar de muitas pessoas acreditarem que Gravitation não seria bem aceito pelo público, o resultado foi bastante positivo, principalmente entre as meninas, que já conheciam a série através da Internet.
A editora apostou principalmente em mangás curtos, como Inu-Neko (da mesma criadora de Love Junkies), Samurai Girl e o one-shot Socrates in Love.
Os problemas da JBC continuam os mesmos: os preços altos. Apesar de a qualidade ter aumentado significativamente, o preço ainda está muito além da concorrência e alguns ainda receberam um aumento nesse fim de ano. Quando começou a lançar mangás, lá no longínquo ano de 2001, um meio tankohon custava apenas R$ 2,90 e hoje chega a custar R$ 6,90!!! Todos os outros títulos que custavam de R$ 4,90 (Inu-Yasha) a R$ 5,90 (Negima) foram reajustados e estão custando quase 7 mangos. É UMA FACADA!!! Muitas pessoas pararam de colecionar ou sequer começaram a comprar devido aos altos preços. Os tankohons também estão mais caros que nas concorrentes, que costuma cobrar R$ 9,90. A JBC faz questão de cobrar R$ 10,90.

Para terminar (ufa!), a Conrad. A editora que começou a lançar mangás no Brasil há muito anda mal das pernas. Em 2007 a editora lançou apenas Paradise Kiss e colecionou muitos tropeços, como cancelamento de séries, como Sanctuary, e incríveis atrasos, como One Piece (que está 4 meses atrasado), Monster (ficou quase 6 meses atrasado) e Nausicaä (que não tem periodicidade alguma).
A imagem da Conrad, que há já estava bem desgastada perante os leitores, parece ter piorado nesse último ano. A editora já não tem mais credibilidade alguma e diversos boatos de que One Piece vá para Penini circulam pela internet. Vários títulos estão para acabar (Slam Dunk, Battle Royale e Monster) e, ao que aparenta, ela não quer mais investir em mangás extensos. Enfim, rezemos para que nada mais seja cancelado.

Teve também a NewPop, que lançou Tarot Café, 1945 e agora está lançando Grimms Mangá . Sinceramente, nunca me interessei por nenhum desses títulos, então desconheço completamente o trabalho dessa editora. O mesmo serve para o Lumus.

Com o término de boa parte dos títulos de todas as editoras, muita coisa nova está chegando esse ano. Que o bom desempenho do ano passado se repita neste ano e que as editoras tenham aprendido com seus erros, para que não voltem a acontecer.

Feliz 2008 para todos.
NETSUKE

Um comentário:

Netsuke disse...

E não é que foi publicado mesmo? @_@