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PANINI COMICS:
Legião Dos Super Heróis:A Saga das Trevas Eternas
PANINI MANGÁ:
GALISM 2, GANTZ 11
HQM :
A Casa do Lado- Diogo Cesar e Pablo Mayer
Leão Negro- Série Origens 1- GARDO- Cynthia Carvalho e Ofeliano de Almeida
ITIBAN COMICS SHOP HQ's/Mangás/RPG/Card Games Av. Silva Jardim, n°845 (41) 3232-5367 email novo: falecom@itibancomicshop.com.br http://itibancomicshop.com.br/
A boa estréia da Marvel Studios
Rober Machado
O Homem de Ferro surgiu em 1963 pelas mãos de Stan Lee, Jack Kirby, Larry Lieber e Don Heck. O conceito do personagem foi criado por Stan Lee enquanto Kirby criou o visual. A primeira história foi escrita por Larry (irmão de Stan) e desenhada por Heck. Homem de Ferro era um herói diferente dos outros até então, não nascera com nenhum poder especial, também não ganha nenhum superpoder, não sofreu nenhum evento traumático na infância, não era tão jovem quanto outros heróis e não teve nenhum mentor que o levasse a praticar o bem.
Tony Stark era um milionário, dono de uma empresa que desenvolvia armamentos. Muito inteligente, ele próprio criava as maiorias das invenções de sua companhia. Quando estava no Vietnã testando novas armas, foi capturado por comunistas para desenvolver armas para seus algozes. Antes de ser capturado, é atingido pelo estilhaço de uma bomba, que se aloja perto do seu coração. Com a ajuda de outro prisioneiro, o professor Yinsen, cria uma placa peitoral para manter o estilhaço afastado de seu coração. Ao invés de construírem armas, os dois criam uma armadura que irá ajudá-los a fugir do cativeiro. Yinsen morre distraindo os guardas enquanto Stark carregava a bateria da armadura. Depois volta aos EUA, cria uma nova armadura e decide virar um herói. Novas versões da armadura vão surgindo ao longo dos anos, com mais inovações tecnológicas. Também foi um dos membros fundadores dos Vingadores, o principal grupo de super-heróis do Universo Marvel.
Homem de Ferro é um dos principais super-heróis da Marvel, mesmo que pouco explorado em outras mídias. Pode-se dizer que foi uma ótima escolha para a estréia da Marvel Studios, o braço cinematográfico da empresa. Controlando diretamente os filmes de seus personagens, espera-se que não se façam mais besteiras como Demolidor e Elektra e que agora as adaptações sejam mais fiéis.
É exatamente isso que acontece com o filme do Homem de Ferro. A adaptação é bastante fiel, apenas com atualizações mais pertinentes à nossa época. Ao invés do Vietnã, a captura de Tony Stark ocorre no Afeganistão e os comunistas foram trocados por terroristas. De resto, a origem é a mesma. Os personagens coadjuvantes também tiveram suas características mantidas, exceto o mordomo Jarvis, radicalmente diferente dos quadrinhos.
O principal destaque é mesmo Robert Downey Jr. Considerado um dos melhores atores de sua geração, mas teve diversos problemas pessoais que afetaram sua carreira. Recuperado, agora tem a oportunidade de provar que pode ser o principal nome numa superprodução. Sua interpretação do milionário playboy é perfeita, já pode figurar ao lado de outros atores que encarnaram perfeitamente personagens de quadrinhos, como Christopher Reeve, Hugh Jackman e Tobey Maguire.
O resto do elenco também é respeitável, Jeff Bridges, Terrence Howard e Gwyneth Paltrow dão tanta consistência a seus personagens que até os diálogos mais clichês parecem críveis.
O filme não é nenhuma maravilha, mas é uma boa história de apresentação do personagem. Boa parte do filme centra-se no desenvolvimento das armaduras do Homem de Ferro, a primeira e a definitiva, principalmente. Com isso, há apenas três seqüências de ação, sendo a segunda a melhor e a mais longa, mostrando a primeira vez que Tony Stark utiliza sua armadura definitiva. Essa pouca ação nem se nota porque andamento é bem executado, com um humor bem dosado ao longo do filme. Era natural que houvesse humor no filme porque o diretor Jon Favreau é oriundo de comédias, tanto como ator quanto diretor, mas não ficou exagerado. Favreau aparece no filme interpretando o personagem Happy Hogan, que entra mudo e sai calado.
Os nerds não foram esquecidos pela produção, existem vários detalhes para quem acompanha as histórias do herói há anos, mas isso não atrapalha o entendimento do espectador comum. Para quem conhece o histórico do Homem de Ferro, sabe que boa parte desses detalhes são sementes plantadas para as futuras continuações, que inevitavelmente irão acontecer.
ATENÇÃO: Não vá embora antes de terminar o filme. Há uma importantíssima cena que acontece após os créditos finais e que não foi mostrada para a imprensa. Se você perdeu, saiba do que se trata nessa matéria do Omelete:
http://www.omelete.com.br/cine/100012385/Homem_de_Ferro.aspx
Uma envolvente caçada
Rober Machado
Seton é um mangá diferente dos outros publicados no Brasil. Para começar, é uma biografia, um gênero pouco comum nos quadrinhos
Ernest Thompson Seton (1860-1946) nasceu na Inglaterra e sua família emigrou para o Canadá quando tinha seis anos. Nutriu uma grande admiração pela natureza e pelos animais. Estudou pintura e tentou entrar no círculo artístico parisiense, mas suas idéias sobre pinturas de animais não foram compreendidas. Depois foi para os Estados Unidos. Entre várias realizações, escreveu diversos livros sobre a vida selvagem, com ilustrações próprias, e participou ativamente dos movimentos de escotismo.
O primeiro volume, Lobo, o Rei de Currumpaw, apresenta o momento da vida de Seton em que volta de Paris e é contratado para caçar um lobo que atacava o gado no Novo México. A história é baseada num dos livros de Seton que narra a caçada a esse lobo. O que a torna incomum é que se trata de um lobo magnífico, líder de uma alcatéia, muito inteligente e que nunca caía nas armadilhas preparadas pelos homens. Também atacava ferozmente o gado, escolhendo os melhores espécimes no rebanho. Matava uma cabeça por noite, no mínimo. A história mostra todos os passos que Seton executou na caça do lobo, também o envolvimento emocional com a caçada e o respeito que vai nutrindo pelo animal, que aumenta a cada vez que o lobo escapa das armadilhas. A conclusão é ótima e emocionante.
O mangá foi escrito por Yoshiharu Imaizumi, formado em veterinária e que traduziu diversas obras de Seton para o japonês, além de escrever um livro sobre o naturalista. Imaizumi desenvolve a história lentamente e mantém o interesse do leitor pela caçada, prendendo a atenção cada vez mais no desenrolar dos acontecimentos. Os desenhos de Jiro Taniguchi também têm uma boa dose da responsabilidade para manter essa atenção do leitor. O estilo realista e bastante minucioso é um grande trunfo, mas as cenas de caçada do lobo aos animais das fazendas é um espetáculo à parte. Taniguchi é um desenhista muito respeitado no Japão e na Europa, mas só teve uma obra lançada no Brasil, O Livro do Vento, também pela Panini.
A edição da Panini é bem acabada, há um glossário de termos utilizados na história, além de um texto do autor sobre Seton. Há alguns erros de revisão, como é comum nas edições da Panini, mas em número pequeno, o mais grave foi trocar 1894 por 1984. Por suas características, esse mangá é uma aposta arriscada da Panini, não se sabe direito que público irá se interessar pela obra. Espera-se que publiquem as edições prometidas, não cancelando como aconteceu antes com outros títulos.