A estranha vida na adolescência
Por Rober Machado
Desde que James Dean apareceu como um rebelde sem causa nas telas do cinema, a adolescência virou um ponto central da mídia. Vivemos numa sociedade de juventude sem fim, onde a beleza dos primeiros anos é perseguida durante muito tempo. Essa época, que é considerada a melhor das nossas vidas (será mesmo?), é tão esticada que nem sabemos mais quando termina.
O termo “teen”, uma simplificação de “teenager” (adolescente), surgiu para designar esse ser com os hormônios em ebulição e cheio de dúvidas, mas acabou adquirindo o significado de juventude ou algo destinado para os mais jovens. Por mais que esperneiem os puristas, é um termo amplamente utilizado, apesar de que mais pela mídia do que a população em geral.
O roteirista e desenhista
O enredo mostra o cotidiano da adolescente Malu, que detesta o rótulo “teen” e sente-se um tanto deslocada em relação a seus colegas. Assuntos como família, pais separados, sexo, tédio, problemas de comunicação vão cruzando o caminho da jovem que vai enfrentando-os como pode. Apesar da seriedade dos assuntos, a abordagem é leve e cômica, não é o objetivo ser um estudo sobre os problemas da adolescência e sim uma história divertida. Mesmo com algumas situações foram baseadas nas tiras de jornal, não caiu no esquema de ter uma piada a cada três quadros, as idéia são bem desenvolvidas e a história flui com naturalidade. O enredo tem um bom final, que não deixa que a história seja imediatamente esquecida após a leitura. Ou seja, não é mais um produto “teen” descartável.
Para quem conhece o trabalho de
A história não provoca as reflexões do início desse texto, nem é esse o seu propósito. Isso veio da entrevista com
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